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Campus José de Freitas celebra o Dia da Consciência Negra
Na quinta-feira, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas – NEABI do Campus José de Freitas realizou programação com a temática “África pulsa em nós: expressões religiosas, artísticas e populares de matriz africana”.
A programação teve início com a benção dos Povos de Terreiro, ato representado pelo mestre Feliciano, que é avô de estudante do IFPI e mora na Vila São Francisco, próximo ao campus do IFPI José de Freitas.
E seguida, foram desenvolvidas diversas atividades, como contação de história de ancestralidade africana, com homenagem à poesia do ativista piauiense Élio Ferreira. Com o título Raça e racismo: processo de escravização mental e física no século XXI, o diretor de promoção de igualdade racial, da Secretaria Estadual da Assistência, Trabalho e Direitos Humanos, professor José da Cruz Bispo de Miranda apresentou sua leitura e detalhamento da história do povo negro no Piauí, apontando os processos de construções de ideias e valores forjados a justificar a escravização negra e as consequências disso tudo.
O arqueólogo freitense Darllison Alves Pereira apresentou sua dissertação de mestrado feito na UFPI, abordando “As dinâmicas de poder e resistência colonial em José de Freitas – Pi e o seu potencial turístico arqueológico”. Já a professora de Sociologia do IFPI, Ângela Machado, comentou sobre a grandeza de podermos conhecer tantas histórias de nossa comunidade local que não sabíamos, e por meio de um pesquisador preto, potencial da própria cidade, com sua própria voz, vivência e protagonismo no estudo, nos trouxe descoberta e registro de tantas curiosidades arqueológicas e riquezas históricas, culturais e turísticas da região.
O campus contou ainda com várias oficinas de arte e cultura, contemplando os estudantes com oficinas de Desenho: conhecendo e representando os Orixás, com Thiago Brito e Aerlon Charles; oficina de Trança, com Kati Monteiro e oficina de Turbante Sankofa, coordenado por Joana Morena.
O grupo Motirô se apresentou na roda de capoeira e fortaleceu a importância de parcerias com as instituições no desenvolvimento de atividades formadoras que vão além da capoeira. Aerton Tingaúna e Yarema marcaram presença, mostrando linda dança de capoeira e suas muitas possibilidades de ações que engrandecem os objetivos da Consciência Negra.
O evento contou ainda com a presença de Lucas Vinícius, do grupo Cabelos de Axé, Katiuzia Monteiro e Joana Morena, da presidência do Conselho Municipal da Igualdade Racial. Antônia Amado da Rocha – Neguinha, da Fundação Municipal de Cultura, Dalila Negona, aluna do PROEJA e articuladora da Mostra de Beleza Negra, desfile que fechou a programação.
“Foi um evento muito produtivo, com palestras muito interessantes, de reconhecimento de nossa história, as simbologias, a espiritualidade, uma oportunidade de analisar onde estamos nesse processo como um todo, o que devemos avançar em termos de ações na educação, na cultura e em todas as relações enquanto sociedade para que possamos incluir as inteligências, belezas, contribuições, lutas e conquistas que identificamos como importante legado de ancestralidade afro-brasileira” destacou o professor Vagner Ribeiro, Coordenador do NEABI do Campus.

