O que faz a Psicologia Escolar/Educacional?
A Psicologia Escolar e Educacional constitui-se como uma área de atuação voltada para o campo da educação, em instituições formais e informais, na qual o psicólogo contribui para a compreensão e manejo dos aspectos psicoemocionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Sua atuação visa favorecer mudanças no comportamento de educadores e educandos, mediando relações interpessoais e intrapessoais, sempre à luz das dimensões políticas, econômicas, sociais e culturais. Além disso, o psicólogo escolar e educacional desenvolve pesquisas, diagnósticos e intervenções psicopedagógicas, individuais ou em grupo, e participa da elaboração de planos e políticas educacionais, com o objetivo de promover a qualidade, a valorização e a democratização do ensino (CFP, 1992).
Inserido em equipes multidisciplinares, o psicólogo escolar desempenha papéis de mediação e intervenção em situações cotidianas das instituições educativas, oferecendo subsídios técnicos e estratégias para o enfrentamento dessas demandas. Sua participação é fundamental, pois respalda, com conhecimentos científicos atualizados, as decisões relacionadas a diferentes aspectos do contexto escolar, como: a organização e distribuição de conteúdos programáticos em consonância com as fases do desenvolvimento humano; a seleção de estratégias de manejo de sala de aula; o apoio ao docente frente à heterogeneidade dos estudantes; a elaboração de práticas inclusivas para alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou comportamentais; a implementação de programas voltados ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais, entre outros aspectos relevantes do cotidiano escolar nos quais os fatores psicológicos exercem papel central (CASSINS et al., 2007).
Referências:
Cassins, A. M., De Paula Junior, E. P., Voloschen, F. D., Conti, J., Haro, M. E. N., Escobar, M., Barbieri, V., & Schmidt, V. (2007) Manual de psicologia escolar-educacional. Gráfica e Editora Unificado.
CFP. Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil. Contribuição do Conselho Federal de Psicologia ao Ministério do Trabalho para integrar o catálogo brasileiro de ocupações. Enviada em 17 de outubro de 1992.