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Pesquisadores brasileiros propõem nova classificação para grupo de plantas endêmicas
Uma colaboração internacional que envolveu a participação do professor do Campus Valença do IFPI, Genilson Alves Reis-Silva, revelou a necessidade de uma revisão na circunscrição dos grupos infragenéricos do gênero Calea. A pesquisa, que utilizou métodos de reconstrução filogenética molecular, baseada no DNA das espécies, sugere a criação de novas classificações para garantir o reconhecimento de táxons monofiléticos dentro do gênero.
“Entre as principais descobertas, destaca-se a proposição da nova série Calea ser. Candolleanae, anteriormente considerada um complexo informal. Este grupo, composto por oito espécies que ocorrem exclusivamente no Brasil apresenta características distintas e afinidade genética”, explicou Genilson.
Para aprimorar a compreensão do grupo, a equipe de pesquisadores realizou uma sinopse nomenclatural abrangente, revisando o material botânico original utilizado pelos autores que descobriram as espécies brasileiras. Como parte do estudo, foram propostos novos materiais representantes destas espécies e que estão depositados em Museus internacionais.
A pesquisa também revelou novas ocorrências estaduais de três espécies: Calea angusta, agora registrada em Alagoas; Calea gardneriana, encontrada no Maranhão; e Calea martiana, agora registrada para a Bahia. Essas descobertas ampliam o conhecimento sobre a distribuição geográfica dessas plantas e destacam a importância da conservação da flora brasileira.
O professor Genilson Alves Reis-Silva espera que este estudo contribua significativamente para a botânica sistemática e para os esforços de preservação das espécies endêmicas do Brasil.
O artigo com o resultado da pesquisa foi publicado na revista Phytotaxa, sediada na Nova Zelândia. Confira.