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Campus São João promove Semana da Consciência Negra
De 21 a 25 de novembro, o Campus São João do Piauí promoveu a Semana da Consciência Negra e a Kizomba no evento “Nossa Semana é uma Kizomba”, realizado em parceria com o Grupo Capoeira de Quilombo. Durante o evento, cujo tema foi a religiosidade afro-brasileira, a comunidade escolar pôde assistir a palestras, exposições, peças de teatro, sessão de cinema, rodas de conversa com praticantes da Umbanda e rodas de capoeira. Segundo os organizadores do evento, as atividades demonstraram a riqueza e desmistificaram vários preconceitos associados às diversas formas de crer de matriz africana e afro-brasileira.
Para Raimunda Gomes, estudiosa das relações étnico-raciais e palestrante no evento, “a Semana da Consciência Negra no IFPI não fez apenas uma referência à data, mas representou um encontro para ampliação e aprofundamento dos temas que discutimos no cotidiano, e a acolhida da Kizomba pelo Campus demonstra a efetividade da visão de educação do IFPI, cujo projeto educativo contempla as demandas sociais de formação, provocando a comunidade e outras instituições a repensarem o papel da escola e sua missão de combater todas as formas de discriminação, preconceito e racismo”.
Já a aluna Fabíola Lorena, avaliou que o evento foi marcado por momentos marcantes de respeito e tolerância, onde foram plantadas sementes de afeição para com a cultura e religião do outro. “Ao longo desses dias, consciências preconceituosas foram levadas à reflexão e pessoas que antes julgavam de uma maneira perceberam que o problema era somente a falta de conhecimento”, disse.
O coordenador do NEABI e um dos organizadores do evento, Thiago Brito, também considerou a Kizomba um sucesso por ter sido múltiplo e apresentado diálogos efetivos entre a produção acadêmica e os saberes tradicionais, no qual os alunos e servidores foram destaques em oficinas, apresentações culturais e na organização do evento. “Acima de tudo, nossa maior conquista foi a presença marcante e expressiva de capoeiristas e dos povos dos terreiros de São João do Piauí. Não se vence um preconceito contra um outro distante. Durante alguns dias não só aprendemos juntos, mas convivemos no Campus com os representantes da religiosidade afro-brasileira, esta foi uma lição de que a integração não é apenas um ideal, já é uma conquista de nosso campus”, avaliou o professor.