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Campus desenvolve estratégias para que alunos com deficiência tenham êxito no processo escolar

publicado: 21/09/2020 16h58 última modificação: 21/09/2020 16h58
Alunos e monitores na confraternização natalina de 2019.

Alunos e monitores na confraternização natalina de 2019.

Sobre Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado no dia 21 de setembro, a pedagoga do Campus Avançado Dirceu, Maria Lacerda, que atua em colaboração técnica no Campus Teresina Central, no apoio psicopedagógico aos alunos amparados pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne), avalia de forma positiva o esforço da instituição na luta para garantir a integralização dos alunos com deficiência.

Ela conta que ao sair a Instrução Normativa da Pró-reitoria de Ensino (Proen), orientando as Atividades Remotas de Ensino e Aprendizagem, a primeira preocupação do campus foi transmitir essas informações aos alunos com necessidades educacionais específicas, buscando tranquilizá-los para enfrentarem os desafios propostos no ensino remoto. “Além disso, foram repassadas as orientações pedagógicas necessárias aos docentes para elaboração de aulas acessíveis, considerando as especificidades da deficiência dos alunos matriculados”, diz.

No intuito de evitar que os estudantes não percam o ânimo, as coordenações de cursos, ao receberem os relatórios semanais dos professores, descrevendo a dificuldade do aluno, imediatamente buscam apoio do Napne para intervenção junto ao discente e família.

A professora de Contabilidade, Bianca Santos, lembra que Paulo Henrique de Sousa, que frequenta o terceiro ano do curso de Administração integrado, foi seu primeiro aluno surdo no campus. Segundo ela, é importante o docente colocar-se no lugar do estudante e desenvolver estratégias e materiais que possibilitem sua aprendizagem. “Toda pessoa precisa de atenção, precisa ser vista e notada. Nisso, ninguém é diferente”, complementa.

Recursos utilizados no ensino remoto

Maria Lacerda esclarece que para os alunos com surdez, que se comunicam por meio da Língua Brasileira de Sinais, a acessibilidade às aulas remotas é feita com a intervenção do intérprete de Libras. A orientação aos professores é para que enviem imediatamente as gravações das videoaulas, das turmas que têm aluno com surdez, ao intérprete responsável pela disciplina, para que realize a tradução para Libras.

Para os alunos cegos, os professores foram orientados a postarem os materiais em formato editável para que os discentes tenham acesso às informações pelos leitores de telas de seus equipamentos. Além disso, a revisora braile faz a adaptação de muitos materiais didáticos para o sistema braile. Foram disponibilizados ainda monitores para auxiliarem os alunos cegos nas atividades de leitura e transcrição.

Já os alunos com baixa visão, quando não conseguem adaptar seu material postado na plataforma, solicitam ao Napne essa adaptação. Em relação aos discentes com deficiência intelectual, autismo e deficiência física, os professores foram orientados a disponibilizarem um tempo maior para que realizem e entreguem as atividades escolares. O Núcleo disponibilizou também monitores para auxiliarem esses alunos nas dificuldades que apresentam.

Atualmente o Campus Teresina Central possui 73 alunos com deficiência matriculados. Vale destacar que nem todos necessitam dos serviços disponibilizados pelo Napne.