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Paulistana celebra Dia da Consciência Negra

publicado: 23/11/2017 14h58 última modificação: 23/11/2017 14h58

O Campus Paulistana realizou, no dia 21 de novembro, evento alusivo ao Dia da Consciência Negra, com o tema Por uma educação antirracista. O objetivo foi colaborar para o desenvolvimento de uma consciência crítica de modo a refletir acerca do preconceito, incutindo assim uma atitude de valorização do negro.

A programação no turno da manhã trouxe para a discussão a condição do negro na década de 50 e 60 na cidade de Paulistana, com o testemunho de uma moradora Davina Antonia Pereira, de 95 anos. Também contribuíram com a temática Dalva Maria Pereira, religiosa, Gilmar, professor de história da rede municipal de Paulistana e Carlos Dionísio da Silva, mestre de capoeira e divulgador cultural no município. Ao final da manhã aconteceu a exibição do documentário“O que aprendi com as minhas velhas”, que trata da questão da intolerância religiosa para com o candomblé. 

A programação do turno da tarde iniciou-se com uma apresentação cultural com grupo de capoeira Abadá Cultural e Ginga Pedagógica, e na sequencia trouxe para uma mesa redonda os debatedores Maria Rosalina, coordenadora estadual das comunidades quilombolas; Nêgo Bispo, pensador e escritor; e Sônia , professora da rede municipal de Pernambuco; para a discussão em torno de temáticas como: relação estado e escola na perspectiva antirracista; considerações sobre o significado do Decreto 48887/2003 para o povo quilombola; conquistas do povo negro e seus desdobramentos sob a perspectiva da Lei 10639/2003.

O evento já é institucionalizado no campus e foi um momento de sensibilização para um trabalho que se volte de modo efetivo para a questão antirracista e de apoio as comunidades quilombolas que se fazem presentes na região. De acordo com o Diretor Geral Francisco Washington, o evento “é um momento de possibilitar informações, conhecimentos e vivências ainda pouco exploradas pelas escolas e uma forma de quebrar paradigmas e conceitos historicamente estabelecidos na sociedade sobre a cultura ou a religiosidade de origem africana e afrodescendentes. A ideia é que comece a rever conceitos preconceituosos para desenvolver um comportamento de maior alteridade e humanidade e enquanto escola incorporar os conhecimentos e saberes das vivências que foram esquecidos pela força hegemônica da cultura europeia”