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Campus Corrente é pioneiro no uso de chatbot com IA no ensino de programação

publicado: 25/08/2025 15h50 última modificação: 25/08/2025 15h53

Começaram hoje, 25, no Campus Corrente do Instituto Federal do Piauí (IFPI), os primeiros testes de um sistema de chatbot com inteligência artificial voltado para o ensino de programação. O projeto é resultado de uma pesquisa de mestrado da Universidade de Brasília (UnB), conduzida por Wanderson Jean, técnico em Tecnologia da Informação do Campus Corrente, sob orientação da professora Maristela Holanda. A iniciativa também conta com o apoio da professora Denise Morais, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) – Campus Deputado Jesualdo Cavalcanti.

O sistema, batizado de Maristela Plugin (Moodle AI-driven ResponsIve System Tool for Teaching and Enhanced Learning Assistance), foi desenvolvido para integrar-se à plataforma Moodle. “Sua proposta é simples e ambiciosa ao mesmo tempo: transformar a experiência de aprender a primeira linguagem de programação. O chatbot, que simula uma assistente virtual humanizada, utiliza inteligência artificial generativa para responder dúvidas dos alunos, dar explicações em tempo real e oferecer feedback adaptado ao ritmo de cada estudante. A inteligência artificial pode ser uma aliada para que o estudante não desista logo nos primeiros semestres de programação, onde as taxas de evasão ainda são altas”, explicou Wanderson, que atua diariamente na área de tecnologia no próprio campus.

Os testes começaram com turmas do Curso Técnico em Informática. A cada interação, os alunos experimentam um modelo de ensino no qual a máquina não é apenas um verificador de respostas corretas ou erradas, mas uma parceira no raciocínio lógico. A fase experimental será acompanhada por questionários de percepção, de modo a avaliar não só o desempenho acadêmico, mas também a aceitação dos estudantes diante da novidade.

Segundo a orientadora do projeto, professora Maristela Holanda, o ensino de programação sempre foi um campo de resistência e desistências. “Para muitos, o primeiro contato com códigos e lógica é um muro quase intransponível. Mas a inteligência artificial abre uma brecha nesse muro. Chatbots educacionais baseados em IA já estão transformando o ensino em vários países. Aqui, queremos adaptar essa realidade ao nosso contexto, dando mais suporte ao estudante brasileiro”, falou.

“Ao trazer os testes para o Campus Corrente, a pesquisa da UnB descentraliza o debate sobre inovação educacional. Não é só nos grandes centros que a tecnologia mostra sua força. É no interior do Piauí, em um campus que recebe jovens da região, que se experimenta uma ferramenta capaz de dialogar com a sala de aula do futuro”, disse Wanderson.

A próxima etapa será ampliar os testes também na Universidade de Brasília, permitindo comparações entre diferentes contextos. Os resultados vão compor a dissertação de mestrado de Wanderson Jean, além de abrir caminho para que chatbots educacionais humanizados façam parte do cotidiano do ensino de programação no Brasil.